Mensagem de SETEMBRO do Governador PAULO TAVEIRA DE SOUSA

05-09-2024

A REVITALIZAÇÃO DO DISTRITO

Queridas Companheiras e queridos Companheiros

Este mês decidi voltar ao tema do Quadro Social! Não é o tema rotário de setembro. Deste falarei brevemente mais à frente. É o tema de todos os meses e alguma coisa ficou por dizer na Carta de agosto.

No Instituto Rotário do Brasil ouvi a nossa Presidente Stephanie Urchick referir-se a ele. Para transmitir 3 ideias muito simples. Primeiro, a principal alavanca de crescimento e renovação do Quadro Social é a criação de novos clubes. Segundo, os rotários não apreciam muito a sugestão, havendo algumas resistências. Terceiro, o tema deve ser uma preocupação de todos. Aqueles que leram a Carta de agosto e me têm ouvido falar, sabem que estou em total sintonia com a nossa Presidente. Não sei se esta é a estratégia certa para o Mundo (isso é com a nossa Presidente), mas não tenho dúvidas de que é o que o nosso Distrito precisa.

Mas se criar novos clubes é essencial para revitalizar o Distrito, também temos de cuidar dos existentes.

E nesse particular, quero pedir a vossa atenção para 2 assuntos diretamente relacionados entre si: o valor das experiências que o Clube proporciona aos seus membros, como grande alavanca para o seu desenvolvimento, e a necessidade de ouvir os sócios.

Está mais do que demonstrado, e é quase intuitivo, que se as pessoas se sentirem bem no clube terão muito mais motivação para trazerem outros e sobretudo para se empenharem nas atividades de serviço. A dinâmica do clube melhora e isso vai determinar um maior entusiasmo e ação. A notoriedade do clube cresce e o clube poderá tornar-se mais atrativo, irresistível mesmo!

Um dos aspetos essenciais para as pessoas se sentirem bem é serem ouvidas e consideradas. O clube é de todos e todos devem sentir-se acolhidos e considerados nas suas opiniões, mesmo que nem todas possam ter seguimento. Neste domínio, julgo que é preciso fazer um esforço adicional. Ouvir os sócios não se pode limitar a uma formalidade, a enviar-lhes um inquérito de satisfação e esperar que eles respondam. Já sabemos que muitos não responderão. Os motivos poderão ser muito diversos: acharem que a sua opinião não será ponderada, não compreenderem o significado de algumas perguntas, estarem cansadas de responder a inquéritos, sobretudo a impressão de que não vale a pena darem-se a esse trabalho.

Perante um cenário de pouca participação, podemos simplesmente encolher os ombros e pensar que sempre será assim e não valerá a pena fazer mais nada. Ouvimos os mais participativos e chega.

Julgo que não chega. Os nossos Companheiros devem sentir que fazemos um real esforço para todos integrar e que queremos realmente saber o que pensam. E para isso tem que se ser assertivo, às vezes insistente e sobretudo criativo.

Não basta enviar o tal inquérito de satisfação. É preciso saber se o inquérito está adaptado à realidade do clube e/ ou da comunidade, se o mesmo causa dúvidas. É preciso descobrir o que leva as pessoas a não participar e ser inovador na abordagem. Fazer contactos pessoais. Mesmo solicitar respostas anónimas, para permitir que as pessoas se sintam mais livres e digam o que realmente pensam sem receio de serem criticadas. Se fizermos este esforço julgo que os nossos Companheiros compreenderão que temos um interesse genuíno em conhecer as suas ideias e levá-las em consideração.

Claro que pode haver algumas surpresas e nem todas agradáveis. Mas também é preciso ter a noção de que nem todas as críticas serão justas ou, pelo menos, literalmente justas. Por vezes elas revelam problemas diferentes dos que são identificados, mas mesmo assim relevantes. Tem que se fazer uma leitura global e tentar compreender o que faz sentido em cada momento.

Trazer as pessoas à mesa é o primeiro passo. Depois é preciso mantê-las. Em todo este processo podemos aplicar métodos de discussão que procuram libertar ideias inovadoras e empenhar as pessoas na procura ativa de soluções. Na nossa Assembleia Distrital falámos do Método Disney, mas há outros.

Julgo que este processo acolhedor de auscultação ajudará muito a melhorar a experiência do Clube. Claro que há muitas outras experiências que devemos procurar implementar, mas sobretudo tem que se começar!

Grande parte destas ideias foram por muito transmitidas aos Presidentes dos Clubes no mês de agosto. Fico sempre na dúvida se a ocasião terá sido a melhor! Mas elas são de tal modo importantes que decidi dar-lhes um público mais vasto. Entre outras razões, porque o Quadro Social deve ser um assunto de todos.

O tema de setembro é, como sabem, a educação básica e a alfabetização. Permito-me remeter-vos para o texto que escrevi para o Portugal Rotário. Não quero repetir-me e não tenho nada a acrescentar.

Mas setembro é também o mês da Rentrée. De todas as rentrées. Está na hora de voltarmos a

Espalhar irresistivelmente a Magia do Rotary

Paulo Taveira de Sousa - D1960 - Governador 2024-25